Fogueira

O sol se despe do ouro
E joga as vestes sobre a calçada ainda fria.
Palpita o novo dia!
O vulto das recordações que moram em mim
Já se anuncia,
E forjamos caminhos, sem sobressalto!
Aliás, o que fazer quando a saudade
Nos toma assim, de assalto
Com uma implacável grandeza?
E por ser ausência,
A saudade pesa apenas em sua leveza!
Ela é uma fogueira mansa,
Que não fenece e nem descansa...
Não sucumbe,
Porque soprada por teus olhos de céu,
Como se eles também trouxessem vento!

Lúcia Barcelos

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